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Marcha Anual de Resistência chega ao extremo sul gaúcho celebrando Antonio Fernando Hecker Zambrano

13 DE JUNHO DE 2024 - ATUALIZADA EM 14 DE JUNHO DE 2024 | Redator: Liege Barcelos e Juan Tasso

Em sua 22ª edição, a Marcha Anual da Resistência chega ao extremo sul gaúcho, tendo Santa Vitória do Palmar como palco. Este evento promete ser memorável, não apenas por ocorrer pela primeira vez neste município que faz divisa com o Uruguai, mas também por homenagear, numa feliz coincidência, uma figura emblemática que sempre defendeu a necessidade de uma modalidade de resistência percorrendo todo o nosso bioma. O evento, que integra criadores do vasto Pampa Gaúcho, neste ciclo leva o nome de Antonio Fernando Hecker Zambrano, um fervoroso entusiasta das provas de resistência, que construiu um legado destacando a importância da seleção da raça e a integração regional. 

 

A história da Marcha Anual de Resistência se confunde com a trajetória do nosso homenageado. Médico veterinário, natural de Pelotas, o professor Zambrano tem a resistência em seu DNA e vê nos pilares que simbolizam a modalidade - Resistência, Rusticidade e Poder de Recuperação - um legado a ser seguido. Sua trajetória e envolvimento com as marchas começaram antes da modalidade ser promovida oficialmente pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC). “Nós começamos a nos encantar por marchas e provas de resistência depois de participar na elaboração de uma prova na Estância da Graça e depois em duas provas na região do Capão do Leão, na Estância do Fernando Moreira”, relembra Zambrano, que não parou mais.

 

O gosto pela modalidade foi tanto que o professor Zambrano passou a frequentar assiduamente as marchas organizadas exclusivamente pelos Núcleos de Criadores de Cavalos Crioulos dos municípios de Alegrete e de Jaguarão. Posteriormente, junto com os amigos Maurício e Silvio Munhoz (Dom Pedrito), Flávio Krebs e os filhos Lavito e Magno (Santa Maria) Sérgio Ulisses Nogueira de Oliveira (Alegrete), começou a organizar provas de resistência itinerantes. Batizadas de Marcha da Integração, as provas eram realizadas nas cidades de Rosário do Sul, Alegrete, Santa Maria e Dom Pedrito, com o objetivo principal de integrar os criadores, difundindo e fomentando a prova.

 

Professor Zambrano leva esse amor pelo cavalo crioulo por onde passa, colecionando histórias, amigos e admiradores, e transmitindo a todos que convivem com ele seu profundo apreço e cuidado pela raça e pelas provas de resistência que correm nas veias deste grande homem do cavalo. O coordenador da Comissão de Marchas da ABCCC, Luiz Mário Queirolo Diaz, exalta a escolha do homenageado desta edição. “Para nós, é uma grande alegria e de grande valia a escolha do professor Zambrano como homenageado. Ele foi uma das pessoas responsáveis pela organização das Marchas da Integração, que era a segunda marcha anual, além do núcleo de Jaguarão”. E completa: “É um dos grandes exemplos de continuidade familiar para a modalidade.”

 

O ex-presidente da ABCCC, Eduardo Móglia Suñe, relembra que o professor Zambrano foi uma figura importante durante sua gestão (2016-2018), contribuindo com seus conhecimentos para o fomento da modalidade. “Ele me disse algumas coisas que achei de suma importância. Com o apoio que tivemos dele e de todos os marcheiros, conseguimos colocar 65 animais correndo na Marcha de Aceguá (2018)”.

 

A paixão pelas provas de resistência determinava a rota do coração deste homem marcheiro, que, junto da família, construiu uma genética de resistência em sua criação. E isso faz com que seu nome seja sempre lembrado quando se pensa na Marcha Anual da Resistência e provas que testam a resistência do Cavalo Crioulo. 

 

Para o ex-diretor de Marchas da entidade, João Alberto Dutra Silveira, a homenagem é mais que merecida e coroa o incansável trabalho realizado por Antonio Fernando Hecker Zambrano em prol da modalidade. “Zambrano foi, sem dúvida, a figura que deu continuidade a esse processo e lutou muito para que a Marcha percorresse outros municípios. Quando tive a felicidade de ser convidado para ser diretor de Marcha, assumi esse propósito e então criamos a Marcha da Integração, ou seja, a marcha passaria pelos municípios integrando diversos criadores na modalidade. Zambrano foi o idealizador desse nome e eu, como diretor de Marchas, coloquei em execução”, relembra o criador e ex-dirigente.

 

As contribuições e a participação de Antonio Fernando Hecker Zambrano são legados imensuráveis para o fomento e estabelecimento da Marcha de Resistência como uma prova importante para o desenvolvimento e a consolidação da versatilidade da raça no cenário nacional. 

 

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