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Cuidados específicos garantem bem-estar de competidores na final do Freio de Ouro

27 DE AGOSTO DE 2016 | Redator: Andressa Barbosa/ABCCC

Quem acompanha os circuitos do Freio de Ouro a cada ano sabe que o frio, a chuva e, não raras vezes, a pista pesada são um adversário extra. Esteio/RS já viu, inclusive, a arena Crioula literalmente sumir embaixo d’água. Felizmente em 2016, o que foi uma dura realidade em outras temporadas parece hoje - com o sol brilhando alto e os termômetros marcando 33º - uma vaga lembrança. Porém, assim como os humanos reagem de forma adversa às altas temperaturas, os animais também precisam de cuidados extras, principalmente, quando há um título em jogo.


 


Rústico por natureza, o Crioulo é forjado para se adaptar às mais diferentes condições. Ele é forte diante das baixas temperaturas do Sul do país, e a exemplo de sua bem sucedida entrada no mercado Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, ele se sobressai também em regiões mais quentes. Esta pode ser uma boa explicação para os candidatos ao pódio do Freio de Ouro 2016 fazerem frente ao teste de fogo desta temporada.


 


Conforme o veterinário Rolando Perez, a chave para proteger os animais de um desgaste maior em função da alta temperatura é parte integrante do planejamento do manejo realizado antes da equipe deixar a propriedade. Isso porque a mudança de ambiente por si só já é uma fonte estresse para o cavalo. Assim, medidas para minimizar esse impacto são pensadas com antecedência. Entre elas, está atentar para a necessidade de incentivar o equino a beber e comer, afinal, a negativa a essas duas atividades essenciais são os primeiros efeitos colaterais do estresse.


 


Entre as estratégias comuns estão trazer os primeiros litros de água a serem oferecidos no cocho. Assim se evita o choque no paladar do exemplar que pode estranhar o tratamento da água fornecida no parque, por exemplo.


 


Hidratar para ficar bem


Com relação ao calor, a diferença para os períodos de frio intenso é a hidratação. Nessa hora a indicação é antecipar os possíveis prejuízos investindo em um tratamento prévio, baseado na ingestão de eletrolíticos. A criação de uma reserva capaz de aguentar a perda de sais minerais também é outra excelente alternativa. Este trabalho costuma ser feito durante à noite, quando cada cavalo pode ingerir de 12 a 15 litros de soro.


 


Respeitar os limites


Além de estarem fora de casa, boa parte do plantel de finalistas não era submetido a um clima como o registrado entre esta sexta e sábado, 26 e 27 de agosto. Então não só o manejo extrapista, como também o preparo antes de ingressar na arena é determinante para manter o rendimento do concorrente.


 


Enquanto aguardam sua oportunidade para impressionar os jurados, a sombra abraça a todos como um grande amiga. Mas não há como entrar direto com o animal ao som da autorização para o começo da prova. O aquecimento é fundamental para evitar lesões, entretanto, sua duração pode variar. Segundo o ginete Lindor Collares, é preciso sentir o animal e saber quando exigir mais ou menos. “Antecipamos e diminuímos o tempo de aquecimento para preservar o animal”, destaca.