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Leilões no Bocal de Ouro faturam R$ 3,7 milhões

14 DE ABRIL DE 2015 - ATUALIZADA EM 16 DE ABRIL DE 2015 | Redator: Nestor Tipa Júnior/AgroEffective

Os quatro leilões realizados durante o Bocal de Ouro totalizaram um faturamento de R$ 3.753.321,00. No total, foram vendidos 160 lotes de animais ao longo do evento, que teve como média geral R$ 23 mil por cada lote apresentado em pista. 

 

O leiloeiro e diretor da Trajano Silva Remates, Marcelo Silva, que conduziu as vendas em três dos quatro leilões do Bocal, afirma que mesmo em um momento de economia retraída, os criadores estão dispostos a investir em qualidade genética e resultados em pista, especialmente nas provas funcionais. “Quem tem qualidade e performance continua valorizado no mercado. Temos compradores dispostos a continuar investindo”, salienta.

 

Para Guilherme Minssen, que foi o responsável pelas vendas em leilão a cargo da Crioulo Remates, os leilões durante o Bocal de Ouro mostraram a vitalidade da raça e a valorização dos indivíduos funcionais com maior potencial em diferentes provas. "Mesmo em uma economia nacional trôpega, a liquidez do cavalo Crioulo continuará sendo crescente no agronegócio do cavalo", observa. 

 

A liquidez que tem marcado o mercado e as vendas para fora da região Sul do Brasil continuam sendo alguns dos principais pontos positivos da temporada. Entretanto, Silva lembra também que o bom momento da agricultura gaúcha, com expectativa de colheita recorde e preços animadores das commodities no mercado, também estão influenciando na aquisição de animais da raça Crioula. “A colheita excepcional de arroz e soja que estamos tendo do Rio Grande do Sul estão ajudando criadores a retomar investimentos”, explica. 

 

Minssen, que trabalha no norte do Brasil, informa também que o sucesso do cavalo crioulo nas provas de vaquejada e sua rápida adaptação via funcionalidade já começa a emparelhar paleta a paleta com outras raças tradicionais na região. "No Norte a raça começou a ser trabalhada em provas de laço nas regiões de Paragominas, Castanhal e Santarém e geneticamente como melhorador no arquipélago marajoara via rusticidade e morfologia", analisa. 

 

As vendas iniciaram na quarta-feira pelo leilão Maufer e Carpe Diem, organizado pela Crioulo Remates, com faturamento de R$ 678,32 mil na comercialização de 37 lotes com média de R$ 18,33 mil. Na quinta-feira foi a vez do remate Itaó e Convidados que terminou com um total de R$ 577 mil na venda de 40 lotes de animais e média de R$ 14,42 mil. Já na sexta-feira foi a vez da oferta do leilão La Castellana e Don Marcelino, que teve fechamento de R$ 702,5 mil com média de R$ 18,98 mil em 37 lotes. O grande destaque foi o leilão da Malke, no sábado, fechando em R$ 1,79 milhão na venda de 46 lotes e mais nove cotas de um animal da raça Crioula e média R$ 38,3 mil por lote. Os três últimos foram realizados pela Trajano Silva Remates.