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Ginetes do Freio 2014: conheça Nei Eduardo Lima

24 DE JULHO DE 2014 - ATUALIZADA EM 27 DE NOVEMBRO DE 2014

Vencedor de dois Freios de Ouro na sequência, em 2009 e 2010, o entrevistado de hoje (24/7) na série “Ginetes do Freio 2014” é Nei Eduardo Lima. Nascido no pampa gaúcho, na cidade de Bagé, Lima participou de todas as finais do Freio de Ouro desde a primeira vez que competiu na disputa, e – aos 42 anos – pretende participar enquanto for possível.


O ginete, que adquiriu seu gosto por cavalos logo pequeno, participará de mais uma final do Freio de Ouro. Até o momento, Lima levará um macho e uma fêmea às pistas do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio/RS, no próximo mês: a égua Curandeira 711 Maufer e o cavalo Festejo 1061 Maufer.


 


Como foi seu primeiro contato com o Cavalo Crioulo?


O primeiro contato exato eu não sei dizer, porque passei minha infância inteira em fazenda e lidava direto com cavalos. Mas em relação a treinamento, doma, foi no Centro de Treinamento do Vilson Souza, em 1992 ou 1993, não recordo exatamente o ano. Trabalhei lá como tratador, e foi o primeiro contato com a profissão que eu tive, de fato.


 


Por que a decisão de ser ginete?


Como eu cresci na volta de cavalos, lidando com meu pai na fazenda e já tinha domadores na família, claro que eu já tinha o sonho de ser domador. Me criei no campo, sempre gostei muito de cavalos, mas quando comecei a acompanhar as provas resolvi apostar nesse lado. Comecei a competir e, com o tempo, começou a dar tudo certo. Ainda bem!


 


Em qual ano participou de sua primeira seletiva do Freio de Ouro?


Em 1999 eu credenciei e classifiquei a primeira égua. Não lembro de onde foi a Credenciadora, mas a Classificatória foi em Rio Grande.


 


Qual foi o melhor momento da sua carreira?


Meu primeiro Freio de Ouro, em 2009, foi muito importante. Quando nós começamos a competir, vencer o Freio de Ouro é uma daquelas coisas que nos parecem impossíveis. Só chegar lá já parece algo impossível. Na verdade, não impossível, mas muito difícil, ainda mais hoje em dia. Com ginetes e animais cada vez mais qualificados, só classificar já é algo complicado e muito grande.


 


Qual é sua expectativa para o futuro?


Minha vida é basicamente competir, domar... Ela meio que se resume ao cavalo, e eu pretendo dar continuidade a isso até quando puder. Sei que a idade atrapalha um pouco a questão de competir, mas quero continuar trabalhando com cavalos pra sempre, agora. E isso é possível através de projetos legais, como escolinha de doma. Só sei que não quero largar o cavalo.


 


Quais foram os principais prêmios da sua carreira?


Venci o Bocal de Ouro em 2000 e 2003, e conquistei o Bocal de Bronze nos anos de 2007 e 2008. No Freio de Ouro, subi ao pódio quatro vezes – duas como Freio de Prata e duas como Freio de Ouro -, em 2004, 2007, 2009 e 2010, respectivamente. Desde meu primeiro Freio de Ouro, também nunca deixei de participar de nenhuma final.


 


Saiba mais sobre a série


Para chegar ao Freio de Ouro, um ginete precisa de muito treino e sincronia junto ao cavalo com o qual irá competir. Pelas 12 provas Classificatórias para chegar à grande final, passam mais de mil animais anualmente e apenas os 96 melhores têm a chance de mostrar suas habilidades na Expointer. 


Às vésperas do maior evento da raça, a série  “Ginetes do Freio 2014” apresenta ao público aqueles personagens que dividem suas vidas com o Cavalo Crioulo e passam meses trabalhando para que o animal alcance o nível desejado para chegar às pistas do Parque Assis Brasil ao final do mês de agosto, na grande decisão da modalidade. 


Ao acompanhar os perfis com os depoimentos dos ginetes finalistas da modalidade em 2014 será possível conhecer um pouco mais sobre cada um deles e compartilhar pontos importantes de suas trajetórias.