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Ginetes do Freio 2014: conheça Daniel Teixeira

23 DE JULHO DE 2014 - ATUALIZADA EM 27 DE NOVEMBRO DE 2014

Contando com uma extensa lista de premiações conquistadas em sua trajetória, Daniel Waihrich Marim Teixeira é o personagem que ganha espaço na edição de hoje (23/7) da série “Ginetes do Freio 2014”. Natural da cidade gaúcha de Júlio de Castilhos, Teixeira é o atual Freio de Ouro na categoria dos machos, título conquistado na decisão do ano passado com o garanhão Cadejo da Maior.


Detentor de 13 prêmios de Freio – somando os títulos recebidos nas finais da Federação Internacional de Criadores de Cavalos Crioulos (FICCC) e da Expointer – e com 33 anos, o ginete chega com chances de vitória em mais uma decisão de sua carreira.  Para a final de 2014, Teixeira classificou - até o momento - cinco exemplares, três fêmeas e dois machos, que entrarão em pista novamente no Parque de Exposições Assis Brasil ao final do mês de agosto.


Confira a entrevista completa com o ginete:


 


Como foi seu primeiro contato com o Cavalo Crioulo?


Quando criança, aos 3 ou 4 anos de idade foi o meu primeiro contato. Com 10 anos eu corri a chamada “prova de guri”, feita pelo Núcleo de Júlio de Castilhos/RS, e com 12 anos já comecei a competir como profissional. Aos 14, corri minha primeira final e já fui Freio de Bronze, ou seja, já comecei com o pé direito.


Por que a decisão de ser ginete?


Porque quando eu era pequeno meu pai começou a criar e eu nasci no ano em que ocorreu a primeira edição do Freio. Então eu cresci no meio do Crioulo admirando o Vilson Souza, Affonso, entre outros nomes daquela época, e fui cada vez mais me apegando. Tinham as Credenciadoras na minha cidade, os jurados nos incentivavam, nós “corríamos boi”, isso com 8 ou 9 anos. Então fui pegando o gosto e não parei mais. Uma coisa levou à outra.


Em qual ano participou de sua primeira seletiva do Freio de Ouro?


Em 1994, com 14 anos, em uma Credenciadora em Júlio de Castilhos. Tive um pouco de sorte, competi com uma égua boa e acabei ganhando a prova. Com essa mesma égua, Delicada da Água Funda, animal que era da cabanha do meu pai, eu corri e ganhei o Freio de Bronze nesse ano.


Qual foi o melhor momento da sua carreira?


Cada prova, cada vitória tem um gosto diferente e representa o teu trabalho. Acho que desde 2002, quando fui Freio de Bronze novamente, todo ano a gente vem brigando por alguma coisa. Quando ganhei pela primeira vez, em 1994, aquilo foi uma brincadeira ainda, então talvez eu não sentisse o gosto que eu sinto agora, porque hoje é uma profissão. Por isso, acho que cada vitória tem um gosto especial. Não tem nenhum momento específico porque todos têm o seu valor.


Qual é sua expectativa para o futuro?


Enquanto der, estou tentando correr. Não tenho planos de parar de competir ainda, mas acho que é uma profissão e que, quando eu for deixar as disputas, quero procurar parar em um momento bom, apresentando boas condições. Já conquistei praticamente todos os prêmios importantes, que é tudo o que um ginete pode querer, e com certeza eu ainda quero trabalhar pra vencer de novo, mas vai chegar um momento em que a gente tem que parar, porque essa é uma profissão que te desgasta muito. Mas ainda não penso nisso, o planejamento para os próximos dez anos, pelo menos, é seguir competindo.


Quais foram os principais prêmios da sua carreira? 


Foram 13 Freios no total - entre Ouro, Prata e Bronze – somando os da Federação Internacional de Criadores de Cavalos Crioulos (FICCC) e os conquistados na final brasileira, na Expointer. Só no Brasil, contando machos e fêmeas, fui Freio de Bronze por seis vezes (1994, 2008, 2009, 2011, 2012), Freio de Prata em 2006 e Freio de Ouro em duas oportunidades (2005 e 2013). Também fui cinco vezes premiado como Ginete do Ano.


 


Saiba mais sobre a série


Para chegar ao Freio de Ouro, um ginete precisa de muito treino e sincronia junto ao cavalo com o qual irá competir. Pelas 12 provas Classificatórias para chegar à grande final, passam mais de mil animais anualmente e apenas os 96 melhores têm a chance de mostrar suas habilidades na Expointer. 


Às vésperas do maior evento da raça, a série  “Ginetes do Freio 2014” apresenta ao público aqueles personagens que dividem suas vidas com o Cavalo Crioulo e passam meses trabalhando para que o animal alcance o nível desejado para chegar às pistas do Parque Assis Brasil ao final do mês de agosto, na grande decisão da modalidade. 


Ao acompanhar os perfis com os depoimentos dos ginetes finalistas da modalidade em 2014 será possível conhecer um pouco mais sobre cada um deles e compartilhar pontos importantes de suas trajetórias.