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Marcha da Integração em Santo Antônio da Patrulha leva a raça ao limite da resistência

04 DE AGOSTO DE 2013

A mais rígida avaliação de resistência do cavalo Crioulo impôs, novamente, um severo teste às notórias características impressas no cerne da raça. A rusticidade e a capacidade de recuperação dos 32 exemplares que cumpriram os 750 quilômetros da Marcha de Integração foram levadas ao limite na seletiva realizada entre os dias 21 de julho e 4 de agosto, na cabanha Manto Azul em Santo Antônio da Patrulha/RS. Este ano, a prova marcou também a conclusão de um ciclo triplo de triagem e consagrou o primeiro animal na história da raça, com comprovadas múltiplas aptidões. Depois de marchar 67 horas, 13 minutos e 48 segundos em 15 dias, a égua Quinta do Sá Brito, de propriedade da Parceria Adolpho Guerra Gomes e Filhos e montada por Valmir da Silva Santos, foi a vencedora da Marcha de Integração de 2013 da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC). Além do primeiro lugar geral, o animal também conquistou os títulos de Melhor Égua até Sete Anos, Melhores Aprumos e Melhor Lombo. Para completar o triunfo, Santos ainda foi eleito o Melhor Ginete da Marcha. Em segundo lugar ficou a melhor égua acima de sete anos, Gralha da Diamantina, exposta por Sérgio Ulisses Nogueira de Oliveira, com o tempo acumulado de 67 horas, 15 minutos e 2 segundos. O melhor cavalo castrado foi Piraí 1497, do criador Paulo Tavares Móglia, e o reprodutor com o menor tempo total foi Tormento do Rincão dos Xucros, do Condomínio Irmãos Zambrano.   Outro fato a ser destacado foi a participação de uma égua uruguaia. Lonja Caraguata, filha de Guacho de Zapallar 317 e Mazangano Tarruda, veio de longe e conseguiu completar a disputa. O animal é de criação de José Maria Del Campo Gigena e de propriedade de Juan José Costa Fraga.   De acordo com o coordenador da subcomissão da Marcha da ABCCC, Alexandre Selistre, a prova bateu o recorde em número de inscritos (40) e superou em qualidade a disputa do ano passado. O coordenador destacou a hospitalidade da família Maciel, anfitriões da seletiva, e a ótima condição estrutural disponibilizada pela cabanha Manto Azul, que ofereceu todo o necessário às exigências da competição. Na avaliação do presidente da ABCCC, Mauro Ferreira, a prova desse ano foi plena de êxito. “Tivemos grande participação de novos interessados na Marcha, uma melhora também na organização da prova e uma evolução no nível de preparo dos animais. Foi importante também a consciência dos ginetes que, mesmo com a premiação de um carro zero quilômetro, respeitaram os limites de seus animais”, diz.