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Freio Jovem define o futuro da raça

02 DE SETEMBRO DE 2018 - ATUALIZADA EM 28 DE MARçO DE 2019 | Redator: Redação ABCCC

Três dias, três etapas, quatro lugares no pódio. A chuva e o mau tempo não desmotivaram os pequenos grandes competidores do Freio Jovem a darem o melhor de si. Dos 78 conjuntos ranqueados ao longo do ciclo, 65 entraram em pista entre os dias 31 de agosto e 2 de setembro, trilhando um percurso adaptado do Freio de Ouro.

Dividido em oito categorias, o Freio Jovem abre portas para concorrentes de 6 a 20 anos. Oportunidade para alguns, sonho para outros, a disputa não utiliza a defesa de título com o objetivo de aumentar a possibilidade de desenvolvimento de cada competidor, novo ou não. Algumas diferenças no regulamento se adequam à experiência dos jovens conjuntos, como a não utilização de gado na Prova de Campo. A avaliação, nesse caso, observa aspectos como docilidade na largada, governo em velocidade, destreza, postura e rapidez no percurso.

A modalidade, oficializada pela entidade em 1994, naturalmente foi ganhando adeptos durante as duas décadas de existência. A prova representa uma parcela de novos ginetes que começam a treinar e se preparar para entrar em pista cada vez mais cedo. Com olhares atentos, a plateia vibra a cada movimento preciso dos concorrentes. Da família ou não, os espectadores torcem e se emocionam juntos.

 

O futuro da raça

Na categoria Infantil Feminino B, teve ginete dobradinha, com o Ouro e Prata conquistados por Antonella Blanco Suñe. Ela que acompanha incessantemente as competições da raça, ao lado do pai, o cabanheiro Rafael Suñe, veste os coletes e sai na ponta com Medalhão da Cabanha Santa Fé e LT Sinuelo.”É muito legal, eu já tinha ganhado em 2016 e sempre que posso venho à Porto Alegre para treinar com o Raul Lima, no Centro de Treinamento”, contou a ginete. Além dela, Francisco Cachapuz Móglia também ponteou duplamente sua categoria, Infantil Masculino A, levando orgulho e comemoração à família.

Já na Infantil Masculino B, Abel Dourado Neto, repete a colocação do ano passado com o prêmio principal da categoria, com Marumby Tupambaé. No entanto, ainda garantiu o 3º lugar com o mesmo animal que o levou ao pódio em 2017: Butiá Quincas. “A gente cuida e treina muito com os cavalos para vir aqui e ganhar. E eu sou muito orgulhoso por isso”, enfatizou o ginete. Redellyn Araujo, da categoria Juvenil Feminino, troca o 3º lugar no pódio alcançado no ano passado pelo 1º em 2018. Assim, ela atribui a vitória a sua fiel companheira, Dama Alegre do Rebuliço. “É uma emoção muito grande, não tem nem o que falar. Se não fosse pela Dama Alegre eu não teria chegado até aqui”, conclui a competidora.

Organizado pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), a supervisão técnica da prova esteve sob a responsabilidade de Felipe Caccia Maciel, profissional credenciado à ABCCC, que também elegeu a égua Carlota de São Pedro como o animal Selo de Raça da competição - exemplar que já foi Freio de Prata em 2016 e Freio de Prata Expo FICCC 2018.

 

Palavra dos jurados

Douglas Gonçalves
“O Freio Jovem nos mostra que o Crioulo é um cavalo universal, ele se adapta a todas de modalidades, profissionais ou não. Isso mostra que estamos no caminho certo. A seleção da raça faz dele um cavalo apto a qualquer pessoa e para qualquer uso”.

Gustavo Weiand
“O Freio Jovem traz cada vez mais famílias para o universo do Crioulo. Os pais têm investido no treinamento e os competidores se mostram qualificados. São jovens que estão no meio, gostam de cavalo e provavelmente serão o futuro da raça”.

Rafael Terra
“Eu acompanho as provas do Freio Jovem há alguns anos e o nível delas me surpreende cada vez mais. É emocionante ver crianças com 6 anos de idade competindo com a qualidade que eu vi em pista. O contato delas com o cavalo é importante para o seguimento da raça. Fiquei muito feliz ao receber o convite para julgar a prova”.

Darlei Hess
“Eu acho que vale a pena destacar também a importância dessa categoria, tendo em vista que essa categoria de base é o nosso futuro. E com certeza [aqui] tem jovens ginetes com grande potencial de disputar as finais do Freio de Ouro com o passar do tempo”.

Luciano Correa Passos
“Com certeza foi uma prova muito parelha e o potencial foi visto nas provas. Embora sejam muito pequenos já demonstram capacidade, uma equitação bastante evoluída. Então, no meu ponto de vista, [o Freio Jovem] foi muito bem apresentado pelos pequenos”.

Roither Bez Barzan
“Eu, primeiramente, quero agradecer à entidade e aos colegas. É sempre uma satisfação e uma honra poder avaliar uma prova, uma final na Expointer. Essa categoria é muito importante porque ela une muitas famílias em torno do nosso cavalo, o Cavalo Crioulo”.



Subcomissão em ação

O contato da subcomissão com os núcleos é o primeiro passo durante o ciclo. Ao todo foram 120 classificatórias realizadas em quatro estados do Brasil. “O fomento da categoria se deve, em boa parte, ao apoio dos núcleos e da diretoria. Estamos conseguindo fazer com que a prova seja ampliada e o número de participantes aumente a cada ano”, comenta Felipe Boratto, coordenador da Subcomissão. Conhecido por contar com a participação ativa da família no treinamento, o Freio Jovem é mais uma modalidade que reforça a união entre pessoas dentro da raça. “O desafio para os competidores é muito grande, eles precisam conciliar estudos com o treinamento. O suporte dos pais e amigos faz toda diferença, o convívio é fundamental. Essa é mais uma virtude que o Cavalo Crioulo nos proporciona”, reitera Boratto.

+ Confira as parciais

Confira o resultado

Infantil Feminino A
1º Lugar
Ana Betina Annas montando Fandango do Forte Atalaia
Nota: 7,684

2º Lugar
Ana Laura Correa Veiga montando Escapada de Santa Angélica
Nota: 6,551

3º Lugar
Maria Clara de Oliveira Pires
Nota: 6,050

Infantil Masculino A
1º Lugar
Francisco Cachapuz Móglia montando Palmas de Peñaflor Ponteado
Nota: 9,842

2º Lugar
Francisco Cachapuz Móglia montando Marcarado Cala Bassa
Nota: 9,649

3º Lugar
Ramiro Terra montando Guria da Tamanca
Nota: 9,570

4º Lugar
Francisco Cachapuz Móglia montando Cambraia Cala Bassa
Nota: 9,549

Infantil Feminino B
1º Lugar
Antonela Blanco Suñe montando Medalhão da Cabanha Santa Fé
Nota: 10,151

2º Lugar
Antonela Blanco Suñe montando LT Sinuelo
Nota: 10,017

3º Lugar
Manuela Irigoyen montando Quilate do Cerro Frio
Nota: 9, 947

4º Lugar
Manoela Linhares Fialho montando Carlota de São Pedro
Nota: 9,917

Infantil Masculino B
1º Lugar
Abel Dourado Neto montando Marumby Tupambaé
Nota: 8,840

2º Lugar
Leonardo Ghisio Pires montando Caldeado da Quinta
Nota: 8,651

3º Lugar
Abel Dourado Neto montando Butiá Quincas
Nota: 8,383

4º lugar
Iago Costa montando Fiorella Del Chaco montando
Nota: 8,334

Juvenil Feminino
1º Lugar
Redellyn Araújo montando Dama Alegre do Rebuliço
Nota: 10,747

2º Lugar
Shitia Schuster montando Liberal Mapocho
Nota: 9,574

3º Lugar
Elisa Carvalho dos Santos montando Império do Rebuliço
Nota: 9,049

4º Lugar
Luiza Lopes montando Barão do Tiro Curto
Nota: 8,924

Juvenil Masculino
1º Lugar
Luis Henrique Mansoni montando DGV Divina Luz
Nota: 11,239

2º Lugar
Caio Canez Schimitt montando Piraí 1650 do Candidato
Nota: 10,759

3º Lugar
Ernesto Dias de Freitas Neto montando Alma Gêmea Cala Bassa
Nota: 10,674

4º Lugar
Ismael Lacerda montando Tropeiro II da Coxilha Alta

Aspirante Feminino
1º Lugar
Nicolly Ribeiro montando Terremoto Ico
Nota: 8,411

2º Lugar
Eugênia Dornelles montando CM Fanático dos Cinco Salsos
Nota: 8,391

Aspirante Masculino
1º Lugar
Gustavo Oliveira montando Defensor Filhos do Vento
Nota: 9,465

2º Lugar
Gabriel Danielski montando Piraí 1802
Nota: 9,361

3º Lugar
Eduardo Costa montando CSA La Mancha
Nota: 8,750

4º Lugar
Heitor Augusto Gomes montando Ufâno da Oca
Nota: 8,716