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Saiba quem são os jurados da Classificatória de Itu/SP

04 DE JULHO DE 2017 - ATUALIZADA EM 04 DE JULHO DE 2017 | Redator: Yago Moreira/ABCCC

O município paulista de Itu sediará, no dia 06 de julho, mais uma classificatória à final do Freio de Ouro. As provas, que ocorrerão na Fazenda Capoava, serão avaliadas por uma equipe composta por dois trios de jurados. Sandro Fonseca do Amaral, Fábio Muricy Camargo e Felipe Caccia Maciel julgarão os machos, enquanto que Francisco Kessler Fleck, Jean Carlo Santos Mendes e Ciriaco de Macedo Py avaliarão as fêmeas. À frente da supervisão técnica estará Ricardo Guazzelli Martins - profissional credenciado à Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC).


 


Jurados Fêmeas:   


 


Francisco Kessler Fleck 


Gaúcho de Porto Alegre, Francisco Kessler Fleck atua como jurado desde 1994. Porém, sua trajetória junto à raça crioula começou muito antes dele imaginar que um dia pisaria em uma pista de provas para avaliar o desempenho de outros crioulistas. Kessler ressalta que o contato com a vida campeira e com a criação de cavalos ocorre desde a infância. Junto do pai, acompanhou de perto e participou efetivamente dos 50 anos de trabalho desenvolvido pela Cabanha Gravatá, patrimônio da família.


 


A porta de entrada para o primeiro julgamento surgiu através de um convite para julgar uma credenciadora de Taquara/RS. Diferentemente de muitos jurados, Kessler revela que sentiu-se tranquilo em avaliar os conjuntos e que o único sentimento presente era o de alegria.


 


Para ele, “o posto de jurado carrega uma responsabilidade muito grande e, por esse motivo, deve ser encarado com extrema seriedade e profissionalismo”.


 


Jean Carlo Santos Mendes


Natural de São Borja/RS, Jean Carlo deu início à sua criação no ano de 1999. Apaixonado pelo universo crioulo, enxergou na área dos julgamentos uma maneira de estreitar ainda mais os laços com a raça. Jean dedicou-se à formação de jurado, através do curso promovido pela ABCCC e, finalmente, em 2008, pisou pela primeira vez em uma pista, já como autoridade máxima do campo de provas.


 


Segundo ele, ser jurado é um desafio muito grande, pois o que está em jogo não somente a prova em si, mas, sim, todo o empenho que os criadores realizam para manter um animal em boa forma e competindo alto nível. “Mas, por outro lado, ficamos tranquilos, porque estamos respaldados pela ABCCC, uma entidade que possui muita credibilidade”, completa.


 


A expectativa de Jean para o passaporte também é grande. Para ele, “no atual momento que vive a raça, não existe passaporte de baixo nível, até porque a competição é muito acirrada e o resultado é questão de detalhe”.


 


Ciriaco de Macedo Py


Ciriaco de Macedo Py é outro nome o qual comporá o trio que julgará machos da Classificatória de Itu. Jurado desde 2012, sua primeira vez na pista como avaliador ocorreu em Camaquã, numa Credenciadora, em 2013 (onde Oraca do Itapororó foi credenciada).


 


A trajetória do jurado na raça Crioula começou “nos tempos de escola”, quando ganhou seu primeiro exemplar de seu pai. Natural de Rio Pardo/RS, Py acredita que “hoje o nível da competição está elevado”, fazendo com que suas expectativas da prova sejam altas.


 


Para o avaliador, o papel de quem julga nada mais é do que uma forma de confirmar o trabalho feito pelos técnicos e criadores. Uma forma de chancelar o esforço de quem trabalha para a evolução da raça.


 


Jurados Machos:   


 


Sandro Fonseca do Amaral


O envolvimento com a raça o acompanha desde criança. Natural do município de Alegrete/RS, Sandro conta que, mesmo vivenciando o universo crioulo há muitos anos, tornar-se jurado foi algo que aconteceu de forma inesperada. “Recebi um convite e confesso que foi um desafio muito grande, mas, ao mesmo tempo, achei que poderia contribuir de alguma maneira para a raça através do meu conhecimento”.


 


O jurado ainda revela que depois do primeiro convite surgiram outros e ele acabou dando seguimento na carreira. “Hoje me sinto mais tranquilo em relação aos julgamentos, mas, na época que comecei, sentia uma euforia muito grande, principalmente, pela responsabilidade de estamos julgando o trabalho dos outros. A preocupação era de errar menos e ser o mais justo possível”.


 


A expectativa de Sandro para essa Passaporte é muito grande. A competição já está na reta final e, por esse motivo, “a ansiedade dos competidores aumenta”. Porém, ressalta que “o papel de jurado é tranquilo, basta valorizar ao máximo o que o cavalo tem de melhor”.


 


Fábio Muricy Camargo


Nascido em Porto Alegre, mas criado em Vacaria/RS, Fábio iniciou a sua trajetória junto à raça crioula desde muito cedo. Ainda criança acompanhava o pai e o avô nas atividades pecuárias comandadas pela família. “Conheci o cavalo Crioulo no ano de 1988 em uma final do freio de ouro. A partir daí me apaixonei pela raça e acabei ganhando minha primeira égua dois anos depois, como presente, do meu avô”, lembra. Porém, a criação efetivou-se definitivamente em 1994 e o primeiro julgamento ocorreu em 1997, em uma credenciadora de Lages/SC.


 


Fábio conta que a primeira vez em que pisou em uma pista de provas como jurado foi realmente muito emocionante, mas o momento que mais marcou a sua história foi, sem sombra de dúvidas, o julgamento da final do Freio de Ouro em 2015. “Entrar na pista de Esteio para avaliar os melhores animais da raça foi recompensador”, concluiu o jurado.


 


Além de achar importante a participação - como crioulista –, Fábio ressalta que a ideia de ser jurado se deu muito ao fato da colaboração que um jurado tem para o processo de seleção da raça. “Por isso é tão importante a preparação de um jurado, somos nós que indicamos o que é o melhor e o que deve servir de espelho para os outros criadores”.


 


Felipe Caccia Maciel


Natural de Porto Alegre/RS, o médico Veterinário, formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Felipe Caccia Maciel é um dos avaliadores indicados para compor o trio que julgará as fêmeas da Classificatória de Itu.


 


Com a vida 100% dedicada ao Cavalo Crioulo, sem outras ocupações profissionais, Caccia Maciel ele começou sua carreira como jurado em 2011, um ano depois de se tornar inspetor técnico da Entidade.


 


Quando questionado sobre as provas que mais marcaram sua carreira, ele apontou sua primeira Classificatória, também em Itu, em 2016, e a final do Freio de Ouro argentino (que é a Classificatória à Final de Esteio/RS), de 2017.


 


A primeira prova oficial julgada por Caccia Maciel foi uma Credenciadora, a qual ocorreu em Soledade/RS. Mas sua relação com o Cavalo Crioulo não é de agora. Segundo ele, seu pai era dentista e apaixonado pela raça, e quando o filho fez 14 anos, foi presenteado com sua primeira égua.


 


Sobre a prova, o jurado disse que “todas as provas de fora do Rio Grande do Sul são importantes para a expansão da raça. Os últimos anos tem contado com aumento de público e de cavalos criados lá”. Caccia Maciel ressaltou a qualidade da pista que será palco da prova e ainda colocou uma expectativa “muito boa” para o nível da Classificatória.