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Conclusão da Marcha da Gurizada nutre paixão pela Resistência

01 DE AGOSTO DE 2015 - ATUALIZADA EM 03 DE AGOSTO DE 2015 | Redator: Andressa Barbosa/ABCCC

Eles têm entre seis e 16 anos e estão de parabéns. Independente de quem conseguiu as melhores médias de batimentos cardíacos neste sábado (1º), todos os 22 participantes da Marcha da Gurizada são vencedores. Afinal, o que importa aqui não é competir, e sim se envolver, se integrar. Por isso, depois de sete dias de muita dedicação em Jaguarão/RS, esses entusiastas importantes mostraram a força da Resistência entre jovens e o verdadeiro significado da família crioulista.


 


Na segunda edição do Projeto Itapitocai, a semana foi bastante intensa na fronteira com o Uruguai onde a energia pode ser sentida tanto por quem nasceu dentro da rotina de um criatório quanto por usuários do cavalo Crioulo. Mais uma oportunidade na qual a raça prova ser mais do que uma paixão, mas um de estilo de vida.


 


E falando em admiração, este foi um sentimento que galopou forte durante os 220 quilômetros do desafio iniciado no dia 25 de julho. Tudo para incentivar o apreço pela Resistência naqueles, hoje chamados de “pequenos”, mas que podem ser os grandes nomes de amanhã.


 


Formando marcheiros


De acordo com um dos comissários de prova, Luiz Eduardo Marques da Silva, o futuro das marchas está no incentivo de adeptos, agora. E além deste ser um ambiente muito salutar para os jovens, cada oportunidade é uma forma de aprender mais sobre a modalidade que pode ser seguida posteriormente na vida adulta. “Eles têm que aprender a se autorregular, a saber em que ritmo percorrer determinadas distâncias”, enfatiza.


 


Na avaliação do coordenador da Subcomissão de Resistência da ABCCC, Mateus Gularte Silveira, iniciativas como esta – promovida pelo Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos de Jaguarão - são fundamentais para garantir a continuidade deste cenário. “É muito importante esse incentivo e a formação de nova gente que siga o legado da marcha”, observa.


 


Laços fortes correm juntos


Para o criador pioneiro da raça, Bayard Bretanha Jacques – que prestigiou os amigos e a participação do neto André Luís - a marcha vai muito além de um mero gosto, é um ambiente de engajamento familiar. “É muito importante, pois vem de dentro, vem dos nossos filhos, nossos netos. É um envolvimento social, a sociedade se mobiliza e participa da marcha”, salienta.


 


Orgulho


Para o criador Marcelo Silveira, de Arroio Grande/RS - cujo ingresso definitivo na raça aconteceu nos eventos de Jaguarão - acompanhar a estreia do filho Diogo na Marchita foi uma grande satisfação. “Procuro ver formas dele se divertir com o cavalo. Ele está feliz da vida e eu me sinto realizado”, fala.


 


Uma cultura leva à outra


O casal Álvaro Debom e Marisa Silveira, não perdem uma chance de cultivar as raízes gaúchas e a raça Crioula, obviamente, sempre ao lado da filha Laura – outra integrante da Marcha da Gurizada neste ano. Para eles, as programações tradicionalistas que envolvem a família são as formas de lazer preferidas. E assim como a maioria dos pais, poder proporcionar estes momentos aos filhos é não só uma ajuda na formação de valores e na educação, como também uma atividade emocionante. “Estar no meio deles é muito gratificante, a gente pode participar junto”, diz o pai.


 


Confira o resultado (ainda não homologado pela ABCCC):


 


MAIORES DE 13 ANOS


1º Lugar Masculino


Michael Ribeiro Morales montando Ponteira 273


1º Lugar Feminino


Ana Carolina Paim Muliterno montando Punhalada Ico


 


MENORES DE 12 ANOS


1º Lugar Masculino


Felipe Leivas montando Madinga Chiquita


1º Lugar Feminino


Manoela Balhego Silva montando Rica Fiesta La Escuela